domingo, 28 de setembro de 2014

Decifra-me ou ignoro-te

Tom Peters diz: "Se você não gosta da concorrência, vai detestar a indiferença."

Os alunos de hoje já não são mais os mesmo de antes, há algum tempo, e seus desejos, necessidades e anseios -- DNA -- precisam ser decodificados.

Great Sphinx of Giza - 20080716a
Parafraseando o desafio da esfinge, o aluno propõe: "decifra-me ou ignoro-te" e  as consequências estão aí. Por outro lado, nunca tanta tecnologia e recursos estiveram disponíveis para capturar seus hábitos, seus comentários e interpretar seus sentimentos. Mas quem quer realmente ouvi-los ativamente?

Do que tenho visto, ainda muito poucos. Grande parte segue o (mau) exemplo do (terrível) padrão de atendimento de grandes empresas, que o fazem de forma reativa, lenta e desorientada ao cliente, normalmente oferecendo, no máximo, compensações para se seguir a diante, interrompendo o processo momentaneamente, mas não gerando permanência, pela correção os problemas ou da melhoria contínua.

Por outro lado, por haver um paradigma que a evasão é uma questão exclusiva do discente, normalmente ligados a fatores econômicos e sociais, e não da instituição, todas começam a ficar cada vez mais iguais, oferecendo alternativas somente mais baratas entre si, porém sem significado para o aluno, ignorando o que eles realmente valorizam.  E essa ignorância gera o ignorar. O Dr. Vincent Tinto afirma que a evasão é uma questão tanto da instituição de ensino quanto do discente.

Independente da técnica a melhor forma de decifrar o seu DNA é através do relacionamento, com um interesse legítimo, que será correspondido com satisfação e lealdade.
 

 





domingo, 14 de setembro de 2014

School is cool, isn´t it? (Escola é legal, não é?)

"Estudo, és tudo!", Mário Quintana

Ir para a escola, universidade ou qualquer instituição de ensino não está necessariamente associado a fazer algo legal ou divertido. Vasculhe suas memórias e talvez você, assim como eu, tenha boas recordações da escola à universidade, mas pense em como era isso na época, no dia a dia.

Essa sensação sempre me acompanhou, mas como nos últimos anos tenho trabalhado com instituições de ensino superior, e ouvido muitos alunos, tanto nos corredores, quanto indo ou saindo das aulas, que venho me questionando: aceitamos isso, por quê?

Talvez, porque há séculos é assim. Há muitas gerações nosso sistema de ensino tem sido assim e tem-se buscado tecnologias para que os processos fiquem os mesmos, porém mais atraentes. É como ouvi outro dia sobre o dicionário. O desenho do dicionário atual é dos tempos vitorianos, porém o que foi feito foi automatizar a busca das palavras, com isso tirando a possibilidade de "tropeçar" nas palavras que não se estava procurando e ativando curiosidade sobre o seu significado.

Talvez, porque apesar de pouco estimulante e, apesar de valorosos e memoráveis professores --  graças à Deus -- foi o caminho que a todos trilhamos até aqui e não parecemos tão fracassados assim.

Porém, e se repensássemos o ensino e as relações aluno-professor-instituição-aluno-aluno?

Você ficaria surpreso em saber que não está só e que tem muita gente repensando o ensino e a experiência do aluno, ao redor do mundo.

Que apesar de existirem muitas idéias e iniciativas, muitas mais são necessárias para redesenhamos os processos. Assim, sua contribuição e experiência é bem-vinda para o mundo (veja o livro Volta ao Mundo em 13 Escolas).

Existem muitas coisas que quero compartilhar e dizer, mas isso é o que eu queria trazer com este primeiro post é que mudar é preciso, para que fiquemos ao menos, profundamente incomodados com as experiências atuais do estudante e não aceitar o lugar comum de que estudar - só a palavra já parece uma atividade negativa para grande parte das pessoas.

É preciso repensar e agir para mudar,  fazendo a "School much more Cool" (Escola muito mais Legal)!